quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Brincando e resgatando a criança interior

          A infância é a fase mais encantadora na vida do ser humano, sob o ponto de vista de uma professora de Educação Infantil, há muitos anos, fascinada pelo trabalho, que o faz com brilho nos olhos e alegria no coração.

Sempre digo que quem trabalha com crianças ou “se apaixona” ou não aguenta muito tempo. Se apaixonar pelas crianças e pela Educação Infantil é resgatar a criança interior, que brinca junto, fala na mesma altura dos pequenos, respeita o ser humano em formação que está ávido por conhecer o mundo e necessita de parceiros, cuidadores e a mão que possa segurar.

Brincar é “fazer de conta”, “trabalhar como os grandes”, “uma responsabilidade séria”, se adentrarmos na mente das crianças. A construção que ela faz ao brincar ergue as bases da vida adulta, da personalidade, do raciocínio, das habilidades, da motricidade, das conexões cerebrais, entre outras relevantes capacidades.






   Brincar é a base de toda uma vida, pois na brincadeira a criança cria o seu mundo, que vai se moldando, se encaixando e acrescendo. 

Crianças do Berçário 2b, em 2014, em situações cotidianas que os desafiavam
a descobrir possibilidades e soluções.



Na minha infância, nos idos anos 1970, as brincadeiras eram simples, rústicas, no pátio de casa ou da escola, nas árvores do matinho aos fundos, na escada, no sótão ou no porão, onde podíamos ser crianças com liberdade e imaginação.



Os mais velhos brincavam com os menores, colegas de aula ou vizinhos, aprendíamos juntos, fazíamos de uma lata uma cadeira, de um espelho um lago ou uma filmadora... Aprendíamos com aquilo que víamos, vivenciávamos e com aquilo que tínhamos à disposição. Lembro-me de brincar de missa, de procissão, de aula, de secretária, de mãe, de cozinha, de repórter, de apresentadora de TV, de cientista, de “Mulher biônica”, de ginasta olímpica, de ser a própria “Nádia Comaneci” sobre colchões...

Como foi rica minha infância, pois me foi dada a oportunidade de criar, interagir no meio em que vivia, explorar os espaços da casa e da escola e ser criança, plenamente! Feliz de quem olha pra trás, no tempo, e vê lá, uma criança feliz!

Brincando e resgatando a criança interior!

Nenhum comentário:

Postar um comentário