Vida em movimento, contínua mudança, o ser humano em transformação.
Estas premissas embasam o pensamento pós moderno. A velocidade do tempo nos dias de hoje não permite estagnações, crenças absolutas e nem plena confiança no que quer que seja. Nada é imutável, insubstituível ou constante. Poucas coisas são definitivas ou duradouras. Estas constatações retratam o pós modernismo, envolvendo as relações interpessoais, relações profissionais e a própria infância.
Segundo Bauman, a base do pós modernismo é a inconsistência, a liquidez, o excesso, o consumismo. “Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar” (BAUMAN).
Essa é uma das frases mais famosas do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em janeiro de 2017, aos 91 anos. Um líquido sofre constante mudança e não conserva sua forma por muito tempo.
Tudo deve ser usufruído, adquirido e mostrado. Almeja-se ser feliz agora, produzir mais para consumir mais, sem parâmetros ou sentido real. Surge, em meio a tudo isso, a pergunta: "Como educar as crianças nestes tempos líquidos?"
As crianças estão inseridas neste contexto consumista e com valores inversos. Então, como dar um norte a esta geração? Cabe à escola promover uma educação que vá além de conteúdos a serem decorados, mas que o aluno aprenda a compartilhar conhecimentos, saiba pesquisar, pensar com autonomia, senso crítico e discernimento. E que aprendam a aprender constantemente.
Referências:
Bauman, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro. Editora Jorge Zahar. 2007.
Kerber,Cláudia Simone. Infância pós-moderna. Aprendizados. 2015. Acesso ao blog:
http://claudiasimoneblogpead.blogspot.com/2015/10/infancia-pos-moderna.html