segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Finalizando...

   Chegamos ao final de mais um semestre no Pead, com o envio da Síntese Reflexiva e a elaboração da apresentação oral no Workshop de aprendizagens. Mais uma semana e compartilharemos nossos trabalhos com o grupo.
   Acredito que o ponto alto do Pead seja sempre a Síntese Reflexiva, que exige propriedade sobre os conteúdos, clareza de pensamento, capacidade de síntese e produção textual. A apresentação oral exige os mesmos requisitos, mas de outra forma, mais leve e conclusiva, bem como nos desafia a apresentar em tempo mínimo, o que é um tanto difícil.
  Penso que cada interdisciplina teve enorme importancia em nossa prática diária nas escolas, e algumas foram mais densas que outras, mas todas significativas. Os conteúdos da interdisciplina Fundamentos da Alfabetização foram passados de forma bem objetiva e prática, esclarecendo dúvidas e sugerindo atividades. Em Psicologia tivemos muitos conhecimentos a respeito da mente humana, que terá aplicação em nossa rotina diária com os alunos, compreendendo atitudes e comportamentos. Em História aprendemos sobre o processo de escolarização e em Infancias, uma nova visão sobre as crianças e suas diferentes concepções. 
  No Seminário Integrador, superamos as dificuldades com o uso das tecnologias, nos habituamos a postar no blog, facilitando a organização dos aprendizados e com isso, fixando os conhecimentos adquiridos. Da mesma forma, a Escrita Coletiva nos fez trabalhar em equipe, cada uma respeitando a ideia do outro e sendo coerente com o texto inicial.
   Um ano de Pead chega ao final e espero que os próximos sejam de muito aprendizado e superação dos novos desafios, que certamente virão. Mas com boa vontade e disciplina nos estudos, tudo poderemos vencer!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Quando a mente se abre

    
    Após um ano de estudos no curso de Pedagogia EAD, muitas foram as aprendizagens, e por isso posso citar o que o célebre físico Albert Einstein já nos dizia:

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original."

     Penso que a mente, e porque não dizer, o ser interior, se expande a medida que se determina a assimilar o novo e não está do mesmo tamanho de um ano atrás. Os conhecimentos adquiridos ocuparam espaço, nortearam ações, conduziram o dia a dia e fez surgir uma vontade enorme de saber mais. Este desejo é o que, na interdisciplina Psicologia, aprendemos como sendo "o desejo de saber", que o psicanalista Sigmund Freud definiu nas suas teorias, através da empatia com os professores, o estímulo da mente criativa e o hábito de estudar.

    Sempre admirei as mentes brilhantes, pessoas que amam ler, aprender coisas novas, mantendo conversação sobre diversos assuntos. O retorno aos estudos, após longo período, foi imensamente significativo, pois a mente se expandiu e não mais voltará a seu tamanho original.

      O ser humano facilmente se acomoda, pois é muito confortável permanecer em seu território de saberes já adquiridos, mas algo inconsciente rompe a atrofia e gera uma perturbação necessária e altamente positiva. O movimento de "levantar da cadeira" faz toda diferença, pois sempre relutamos justamente com o que mais necessitamos e que, geralmente, nos proporciona as maiores lições, uma delas, a felicidade de abrir a mente e vislumbrar novos horizontes!


Referencias:



-  Kupfer, Maria Cristina -Freud e a educação. O mestre do Impossível
 https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1360769/mod_resource/content/1/Freud%20e%20a%20educa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Maria%20Cristina%20Kupfer.pdf


                                     Qualificação e justificativa das postagens

    Escolhi esta postagem pois analisando melhor, percebi que ela ela precisava ser mais qualificada, fundamentada, com a citação do autor da frase que deu origem ao texto, bem como usar uma linguagem mais formal, mostrando segurança e certeza do que estou escrevendo. Desta maneira, a publicação deixa de ser uma opinião, ou mesmo uma reflexão compartilhada, mas registra a minha efetiva consciencia, compreensão e conclusão do que estou expondo.

    Sobre a postagem que considero qualificada, escolhi a publicada em 06-10-15, entitulada "A busca por um norte na educação." podendo se acessada no link http://claudiasimoneblogpead.blogspot.com.br/2015/10/a-busca-de-um-norte-para-educacao.html.
    Constatei que esta postagem mostrou-se clara, de início dando a referencia necessária, ressaltando o valor e o que significou para mim assistir o vídeo da aula citada. Pude, desta forma, fazer analogias e colocar minha opinião, mas com base no vídeo assistido e comentado na interdisciplina História.

Alegria na Escola


A Escola é um local onde passamos boa parte de nosso dia, tanto nós, professoras, como nossos alunos e demais funcionárias ou direção. Se ficamos tanto tempo na Escola, boa parte de nossa vida acontece lá, onde são vivenciados momentos bons, outros nem tanto e alguns pesarosos, inclusive.

Segundo alguns fundamentos, a Escola é lugar de alegria, de cultura e de convivência. Vou relatar duas experiências escolares, de momentos vivenciados que, embora um deles triste e outro gratificante, enriquecem o aprendizado que se dá fora da sala, propriamente dita, mas na Escola.

 AÇÂO DE GRAÇAS

       O mês de novembro estava quase terminando e chegamos ao DIA DE AÇÂO DE GRAÇAS. Gosto muito deste momento de agradecer e sempre procuro fazer alguma atividade relativa ao tema com os pequenos. Neste ano, para todas as turmas, promovemos um momento ecumênico de agradecimento: chamamos um Padre para conversar com as crianças e a Pastora Luterana da comunidade local para dar uma benção. As poucas crianças evangélicas não se opuseram a vinda deles, em prévia conversa com os pais.
Convivemos em um lugar pequeno e as pessoas de diferentes religiões se relacionam amigavelmente, como deve ser. Assim, com o intuito de unir a todos, promovemos o encontro. O jovem Padre surpreendeu, tomando rumo do encontro, solicitando uma grande roda e conversou com todos. Demonstrou uma ótima empatia com as crianças, fazendo perguntas que induziam a pensar e buscar respostas. Perguntou, por exemplo, quem criou os bichos, e eles, ingenuamente, responderam: “eu”. Da mesma forma, perguntou “onde está o Deus”, e uma menina respondeu: “no céu, como a vovó”. Aprenderam uma canção gesticulada e uma oração de agradecimento, onde repetiam os versos. As crianças maiores pediram muito para poderem cantar uma canção que sabiam, “Deus está em toda parte”, para mostrar ao padre o que também sabiam. No final, receberam uma bênção da Pastora Luterana.
As crianças ficaram muito felizes com as visitas, pois foi um momento descontraído, com pessoas diferentes e com um referencial masculino dentro da Escola. As crianças não se importaram se era Padre, Pastor ou outro representante religioso, mas adoraram a integração entre as turmas e o momento especial que vivenciaram.

   A PEQUENA LUISE

Com muito pesar chegamos à Escola, um dia pela manhã, mês passado, com a notícia que a pequena Luise havia falecido. Luise estava com seis meses, e há um mês veio para a Escola, no Berçário I.
Luise nasceu com um problema no coração, que lhe causava taquicardia frequente, estava em tratamento e pegou uma pneumonia dupla. Estava internada no hospital e quando recebeu alta, ao ir para casa, teve um infarto.
Todos ficaram extremamente abalados, encomendamos um arranjo de flor em forma de berço e algumas colegas foram no velório. Conversamos com as crianças a respeito e foi um dia muito triste para todos, que tivemos que enfrentar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Brincando e resgatando a criança interior

          A infância é a fase mais encantadora na vida do ser humano, sob o ponto de vista de uma professora de Educação Infantil, há muitos anos, fascinada pelo trabalho, que o faz com brilho nos olhos e alegria no coração.

Sempre digo que quem trabalha com crianças ou “se apaixona” ou não aguenta muito tempo. Se apaixonar pelas crianças e pela Educação Infantil é resgatar a criança interior, que brinca junto, fala na mesma altura dos pequenos, respeita o ser humano em formação que está ávido por conhecer o mundo e necessita de parceiros, cuidadores e a mão que possa segurar.

Brincar é “fazer de conta”, “trabalhar como os grandes”, “uma responsabilidade séria”, se adentrarmos na mente das crianças. A construção que ela faz ao brincar ergue as bases da vida adulta, da personalidade, do raciocínio, das habilidades, da motricidade, das conexões cerebrais, entre outras relevantes capacidades.






   Brincar é a base de toda uma vida, pois na brincadeira a criança cria o seu mundo, que vai se moldando, se encaixando e acrescendo. 

Crianças do Berçário 2b, em 2014, em situações cotidianas que os desafiavam
a descobrir possibilidades e soluções.



Na minha infância, nos idos anos 1970, as brincadeiras eram simples, rústicas, no pátio de casa ou da escola, nas árvores do matinho aos fundos, na escada, no sótão ou no porão, onde podíamos ser crianças com liberdade e imaginação.



Os mais velhos brincavam com os menores, colegas de aula ou vizinhos, aprendíamos juntos, fazíamos de uma lata uma cadeira, de um espelho um lago ou uma filmadora... Aprendíamos com aquilo que víamos, vivenciávamos e com aquilo que tínhamos à disposição. Lembro-me de brincar de missa, de procissão, de aula, de secretária, de mãe, de cozinha, de repórter, de apresentadora de TV, de cientista, de “Mulher biônica”, de ginasta olímpica, de ser a própria “Nádia Comaneci” sobre colchões...

Como foi rica minha infância, pois me foi dada a oportunidade de criar, interagir no meio em que vivia, explorar os espaços da casa e da escola e ser criança, plenamente! Feliz de quem olha pra trás, no tempo, e vê lá, uma criança feliz!

Brincando e resgatando a criança interior!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Termos na escrita

 Gostei muito quando segunda-feira, dia 23, na revisão da aula de Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica, a professora Caroline Pacievitch destacou alguns termos utilizados por nós, alunos, ao escrevermos um texto.
   Muitas vezes nao percebemos quando estamos escrevendo, mas o sentido e o entendimento pode ser outro. Destacou o termo evolução, que comumente se entende por avanço positivo, porém muitas vezes a evolução que se espera é um retrocesso, um degrau abaixo do esperado. Um exemplo atual seria o uso de agrotóxicos na produção de alimentos, ou seja, se evoluiu no combate às pragas mas se degradou no sentido de expôr o ser humano aos efeitos nocivos dos produtos, originando intoxicação e implicações genéticas nas pessoas. Ou a questão sa violência, onde o homem se tornou civilizado, mas vive na barbárie da violência, nas ruas ou nesmo doméstica.
   Outro termo exemplificado pela professora Caroline é a expressão antiga, pois dizer do "tempo antigo" significa da Idade Antiga - a Antiguidade, Nestes casos duvidosos melhor procurar um sinônimo. 
   Por mais que nos preocupamos com a escrita, ainda assim é preciso revisar e se colocar de quem irá ler, para que haja clareza e coesão.

domingo, 22 de novembro de 2015

Ser criança na segunda modernidade

 
A simplicidade de ser apenas
 uma criança
 A infância é a etapa inicial na vida do ser humano, de desenvolvimento biológico, emocional, neurológico, social, cognitivo, motor, entre outros aspectos. Como tal apresenta-se como uma fase prévia à inserção no mundo adulto, na vida em sociedade e toda normatização envolvida. Portanto, independente da cultura e do contexto histórico, a infância sempre existirá em sua essência, muito embora haja atualmente um encurtamento da mesma, infelizmente.

Minha infância nos anos 1970

  O que ocorre é uma administração simbólica do período denominado infância, onde socialmente são estipulados locais próprios para "exercer" e "manifestar" a infância, como se fosse um produto. Estes locais para viver a infância são as escolas, os parquinhos, as áreas de recreação dos centros comerciais, por exemplo. Da mesma forma, a padronização de produtos destinados ao público infantil (público alvo), como bonecas e demais brinquedos industrializados, como se brincar efetivamente fosse só com objetos, em vez de com outras crianças. Nesta visão também se incluem lanches da moda e alimentos destinados exclusivamente ao "consumidor" infantil. Assim é administrada a infância, como um período simbólico onde as crianças podem "ser" apenas crianças.

  A modernidade está sendo moldada por situações e realidades muito diferentes, em uma sociedade em constante transformação, nas esferas econômica, social, familiar e mesmo global, pois o mundo apresenta um contexto de guerras, desemprego, novos arranjos familiares, economia voltada a prestação de servços, por exemplo. Está ocorrendo uma ruptura das ideias fundadoras da modernidade, com isso ocorrendo uma reinstitucionalização da chamada segunda modernidade, refletindo no que é "ser criança" nestes novos tempos e parâmetros.
  
 Acredito que a infância ainda vive e reina, prova disso é nosso encantamento e responsabilidade sobre nossas crianças nas escolas que atuamos. Vemos todos os dias crianças exercendo plenamente o seu direito de "ser criança". Uma fase passageira, breve, porém intensa e significativa na elaboração do caráter, da cidadania, dos valores que levarão para a vida toda.

 Embora existam realidades hostis de violência, abusos, miséria, desamparo e negligência, cabe a nós, adultos, lutar e defender a infância, como período essencial na vida de todo ser humano.



Trabalhos em grupo


   Sempre tive dificuldade de fazer trabalho em grupo, preferindo fazer sozinha, ou utilizando alguma contribuição dos colegas e no final, novamente fazendo eu mesma, por gosto. 
  Talvez isso se deva a achar mais prático, rápido e sem humildade (que feio), eficiente. Sempre gostei de trabalhar com pessoas passivas, que não se importavam em apenas assinar o nome ou comprar o material. Um certo egocentrismo de minha parte. Detestava quando no meu grupo havia alguém que também defendia suas ideias e o trabalho se tornava mais lento e complicado. Era preciso ouvir, fazer conexões, síntese e encadeamento das ideias, o que exigia paciencia e demandava tempo.
   Nos trabalhos em grupo do Pead também senti dificuldade: como expressar o que penso, á distancia, e juntar com as ideias dos outros?
  Tanto nas interdisciplinas como no Seminario Integrador tive que enfrentar este desafio. A Escrita Coletiva foi um exemplo de superação, pois tive que aprender a aguardar a vez da colega, respeitar seu pensamento e valorizar o outro, pois todas tem ideias incríveis, porém diferentes das minhas.
  Nas interdisciplinas, citando o exemplo da recente atividade "Manifesto da educação do século XXI", tive que constantemente manter contato com as integrantes do gupo, via email e redes sociais, expondo minha ideia, juntando com a parte das colegas, organizando e reapresentando ao grupo, para análise. 
   Em vista disto, sempre surgem novos desafios a enfrentar, na superação de nossas capacidades.  Claro que seria mais simples fazer sozinha, mas estamos juntos nesta empreitada e a colaboração enriquece o aprendizado.

sábado, 14 de novembro de 2015

O desejo de saber


    O desejo de saber surge na criança a partir da descoberta que o outro é diferente, que o corpo de um menino difere de uma menina, ou que ideias e opiniões podem ser distintas entre um homem e uma mulher. A angústia que sentimos desde o nascimento, por percebermos que o seio materno não é mais oferecido, que as fezes saem da gente e vão embora... São exemplos que mostram que estamos em constante luta para compreendermos a vida, o mundo, as perdas.

    O desejo de saber como são as coisas, como funcionam, como acontecem, brotam desta frustração e surgem as pulsões, que são canalizadas para o conhecimento, em diversas áreas.

   Quando vai a escola, a criança, de certa forma, é disciplinada e tem que seguir as normas da escola. Seu desejo de saber é direcionado para os ensinamentos do professor, para conteúdos pré-determinados. 

   A partir daí começa uma interação professor-aluno, comumente amorosa. O professor surge como uma referencia na vida do aluno, muitas vezes comparada a relação parental, em substituição, naquele tempo e espaço, da  figura materna ou paterna. 

     Na transmissão do conhecimento ocorre uma transferência de saberes, embora o que é transmitido pelo professor é mentalmente selecionado pelo aluno, frente á vasta gama de interesses que ele tem. Porém o professor continua repassando, mesmo sabendo que nem tudo será assimilado.  


   Trabalhando com crianças em torno de 18 meses a 2 anos, ocorre exatamente assim: uma intensa troca afetiva, a figura da professora como aquela que ensina as primeiras noções de viver em sociedade, a cantar, a ouvir histórias, a ter cuidado com a higiene e cuidado do corpo, a segurar a colher, por exemplo.

  Mas também é aquela pessoa que faz a transferência, recebe a contratransferência toda vez que é surpreendida, como também confirma com seu olhar que há muito de interessante neste mundo para descobrir e sempre responde a todos os porquês com um sorriso.



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Em defesa das suas próprias angústias



    O estudo da Psicologia nos ajuda a compreender incógnitas que nos intrigam sobre a mente humana. No curso de Pedagogia o estudo é direcionado à prática pedagógica, porém usufruímos os conhecimentos em causa própria.
    Um exemplo são os mecanismos de defesa, pois sempre me chamou a atenção atitudes, minhas e de outras pessoas, que fogem ao parâmetro normal, de quem somos e do que acreditamos.

   



  Como explicar que uma pessoa sensata, com a mente lúcida e aberta, de repente nega a existência de um problema, não condizendo com sua personalidade.
   Ou aquela pessoa que de uma hora para outra começa a justificar, elaborando explicações e acaba acreditando em sua própria história, na verdade racionalizando algo que lhe angustia.

   Muitas também são as situações de repressão, deslocamento ou regressão que podemos perceber por aí. A pergunta é: como funciona nossa mente, uma vez que conscientemente temos uma conduta, e sem mais nem menos nos defendemos de nossas emoções, nossas angústias, de maneira sorrateira, sem coerência?
   Mas esta é mais uma questão que, como diz a velha frase: "só Freud explica!"


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Meu conceito de criança


  As crianças podem ser definidas baseando-se por três conceitos - modos de compreender e dimensionar a infância.

  Alguns conceituam como selvagem, pois a criança é um ser menos evoluído, menos desenvolvido e que necessita uma explicação. É vista como algo particular que já fomos e a imortalidade do seu futuro imanente; uma comunidade estável e previsível que todos fizeram parte um dia.

   Para outros a infância é natural, pois ser criança é normal e a convivência com elas é natural. A mudança de fase vem marcada por ritos de passagem, cerimônias ou apenas vem com significados ideológicos. A criança é um ser que vai maturando, conforme o desenvolvimento biológico e cognitivo.

  Sob outro ponto de vista, a criança é um ser social, visto que a infância é uma fase da vida que a criança -tábua rasa - se prepara para a convivência futura, para tornar-se um ser cultural e credível.

  A minha prática pedagógica está orientada pelo conceito da criança NATURAL, pois as vejo como pessoas que estão conhecendo o mundo, e nós, como adultos educadores, temos que guiá-los para que o seu desenvolvimento seja integral.
  Devemos favorecer o crescimento saudável, estimular as suas potencialidades e prover meios para que possam aprender, bem como estimular as capacidades cognitivas. Mas, acima de tudo, permitir que brinquem, explorem o ambiente, construam conhecimentos, interajam com os demais.


  Penso que a infância é uma riquíssima etapa da vida e existem sim, ritos de mudança criados pela sociedade. Ao sair da educação infantil fazemos uma formatura, o primeiro rito de passagem. Depois, vão surgindo outras cerimônias, algumas religiosas, que anunciam uma nova etapa.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Desenvolvimento da linguagem


   Uma das fases mais bonitas da vida de uma criança é quando ela começa a falar. Como pais ou educadores ficamos encantados ao ouvirmos as primeiras sílabas e segmentos fonéticos de uma palavra.
  
  Como trabalho com crianças em torno de dois anos, presencio diariamente estes avanços e vejo a alegria deles por conseguirem expressar verbalmente o nome dos colegas, algo que desejam ou mesmo um desagrado.
  Hoje pela manhã um menino falava "zés, zés" e ele sorria, chamando seu colega Moisés. Da mesma forma, dizer "é" para concordar com algo que eu digo, ou "ka ne", solicitando mais um pedacinho de carne no almoço. Aos poucos vão reproduzindo os sons e articulando as sílabas para se comunicarem.
   
  Saber acompanhar e estimular conforme a fase da criança é um dos grandes e maravilhosos desafios do professor de educação infantil. 
  Procuro sempre conversar muito com as crianças para que aprendam novas palavrinhas e a fala correta, mas sem interferir corrigindo, para que o aprendizado ocorra naturalmente. Geralmente concordo ou indago o que disseram, repetindo na fala certa.
 


 Mais tarde, no maternal, irão começar a se interessar pelo nome, pela escrita das palavras, gradualmente. Por enquanto ofereço revistas e folders para folhearem, fazemos leitura visual de livros e leio histórias para eles, mostrando as páginas.

  Com certeza são aprendizados significativos para o desenvolvimento da linguagem, em todo um mundo para conhecer e explorar.

domingo, 1 de novembro de 2015

Infância soft


  Desde sempre me chamou a atenção as imagens lindas de bebês fofos em revistas para mães. As capas já traziam a imagem de um lindo bebê, geralmente loirinho, de enormes olhos claros, redondinho, limpo, provavelmente cheiroso e muito amado.
   Obviamente que a imagem soft da capa era o apelo comercial para a compra da revista, pois toda mamãe deseja que seu bebê seja assim, um fofo, saudável e com todos os encantos possíveis. Como que a revista venderia seus exemplares com um bebê comum, com brotoejas ou subnutrido, por exemplo, sem a aura leve e delicada?
  Nos anos 50 e 60 já circulavam revistas do gênero, e minha mãe guardava alguns exemplares, e desde aquela época os bebês já eram retratados desta forma. Haviam propagandas de produtos com desenhos ou fotos de carinhas adoráveis e fofas.                                                                                  .anos 50
   A idealização da infância é cultural e faz parte do sonho de toda mulher que tem um filho, focando o lado meigo e ocultando as imperfeições, as deficiências, carências e desencantos da maternidade.
   A infância soft divulgada pela mídia é a supressão da necessidade que o ser humano tem de resgatar algo que há muito deixou para trás: a doçura e a inocência de um tempo lúdico e imaculado, irreversível em sua vida, frente a realidade da vida adulta.
  Soft remete à leveza e a infância é um porto seguro emocional onde o ser humano encontra o alento para enfrentar as asperezas do cotidiano.
bebê soft



A erotização infantil


   Dos anos 80 para cá muitas mudanças ocorreram na sociedade e as crianças passaram a serem consumidoras e objetos de consumo. Pseudo-valores passaram a serem incorporados, em nome da modernidade dos tempos.
Nos anos 80 era assim - capa de disco infantil

   Nunca antes na história a criança teve esse papel, num panorama cultural que valoriza a sensualidade e o culto ao corpo, visando o consumo desenfreado, fomentando o desejo de possuir e os prazeres imediatos.
  A imagem da criança deixou de ser representada pela pureza e ingenuidade, passando a ser pela sensualidade, charme e liberdade. Muitos comerciais de televisão, anúncios em revistas e outros veículos de comunicação mostram crianças erotizadas, maquiadas, de salto alto e fazendo 'caras e bocas'.
  A infancia nem sempre teve a valorização que tem hoje, sendo suprimida por séculos, com a criança convivendo com os adultos sem nenhuma preocupação com direitos ou o que estava assimilando. Muitos consideravam as crianças "adultos em miniatura". 
  Os casos conhecidos de abuso sexual se proliferam e nunca se falou tanto em pedofilia e pornografia infantil. Os direitos das crianças começaram a serem analisados e muitas bandeiras foram erguidas com o intuito de preservar  a ingenuidade infantil. De certa forma, uma contradição - se defende a pureza infantil e se erotiza o universo da criança.
  A imagem da menina de hoje está cada vez mais exposta e os crimes acontecendo até dento de casa.   O apelo sensual começa cada vez mais cedo, matando a criança interior e deixando uma lacuna no desenvolvimento saudável desta fase da vida.

Muito se vê nas escolas, com crianças maquiadas, roupas inadequadas, cuecas saindo da calça, meninas ainda, mas sensualizando nos corredores e redes sociais. 

  A nova mentalidade dos anos 80 e 90 criou toda uma ideia de liberdade e novos conceitos, fez emergir uma criança erotizada  precocemente e roubou-lhe sua característica principal, a inocência.


                                                                   
                                                                       
                                                   



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os primórdios e os interesses da escolarização

   Analisando a escolarização sob a perspectiva histórica, em seus primórdios, utilizando a leitura A MAQUINARIA ESCOLAR -http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo2/historia-infancias/maquinaria/- como referencia, posso destacar alguns tópicos, que descreverei a seguir.

Escola como instituição

   Somente a partir de meados do século XX a escola, para as classes populares, tornou-se publica, obrigatória e gratuita, sob o poder do Estado, em vista de manter as crianças na escola entre seis e dezesseis anos, afastando-as do trabalho infantil.

Interesses envolvidos

  Durante o Renascimento os homens da Igreja e os moralistas desejavam continuar com seu prestígio e poder frente as monarquias e novas formas administrativas.



  Formaram-se inúmeras congregações religiosas, com internatos e seminários, tornando-se necessário que pessoas fossem instruídas nos moldes do catolicismo, ou protestantes, e os princípios, desta forma, conservados.
A criança pobre seria ‘domesticada’ desde a tenra idade e iria seguir sua vida nos princípios e normas da religião, de acordo com a moral imposta, sendo objetos de dominação.

                                            

                                            Estrutura física

  A escola, desde os primórdios, no Renascimento, se constituiu em espaço fechado para isolar o aprendiz dos adultos e prazeres do mundo e suas influencias nocivas. Os meninos, além de aprender a ler e escrever, aprendiam os preceitos cristãos e a levar uma vida de retidão, visando desenvolver algum ofício no futuro, serem sacerdotes ou professores, conforme a inclinação de cada um. Obviamente que os conteúdos, para estes alunos, eram limitados, ficando longe das línguas, literaturas e esportes que distinguiam a categoria social. As carteiras enfileiradas definiam limites e promoviam o isolamento, necessários a disciplina e a ordem.



As pedagogias 

  Os castigos físicos aos poucos foram substituídos por um tratamento mais amoroso, principalmente pelos jesuítas. O aluno era estimulado a estudar, além de se tornar um cristão exemplar.


Aos poucos percebe-se a necessidade de graduar o aluno e separar conforme a idade, inteligência e condição.
As aulas passaram a ser no quadrado da sala, com atividades intensas e exercícios escritos, onde o aluno tinha deveres a cumprir, sem questionar. Os alunos passaram a prestar exames e participar de debates públicos, na presença de familiares, com ênfase no mérito individual e na busca do êxito escolar.

 O Professor 

   Inicialmente eram religiosos, e depois profissionais do Magistério, com o início da Escola Normal que estava incumbida de formá-los. Do professor era esperada uma conduta exemplar, dentro de rígidos padrões morais. O professor não detinha apenas o saber, mas técnicas de domínio de e domesticação. Os professores eram oriundos de classes intermediárias e admiravam a burguesia e seus valores. O professor recebia baixa remuneração, pois seu ofício era comparado a um sacerdócio, cheio de virtudes e além dos bens materiais.

Escola como instrumento de mudança  

  A partir da institucionalização da escola, esta passou a ser agente de transformação da sociedade, porém novamente subjugados ao poder de higienistas, filantropos e reformadores sociais, os novos moralizadores das massas. Era necessário manter a classe trabalhadora conformada, sem lutas sociais a fim de preservar a estabilidade política. A base da educação era o autoritarismo e a exigência da disciplina e da submissão do aluno ao professor, geralmente um representante do Estado, um servidor público, com cargo de respeito.
















quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Desvendando a mente humana


  
   O conhecimento de certos conceitos da Psicologia torna-se muito útil para compreendermos o que se passa no nosso interior e ajudar a entender um pouco mais os outros. A partir das teorias freudianas podemos trabalhar o autoconhecimento, que é libertador e promove a paz consigo mesmo de muitas questões perturbadoras.
  Trabalhando com crianças no cotidiano escolar, muitas vezes percebemos atitudes agressivas, perturbações emocionais, distúrbios, dificuldades cognitivas e de relacionamento e problemas diversos envolvendo a autoestima das crianças. 
   Sabemos que o inconsciente da pessoa rege muitas ações em nossa vida e que geralmente não compreendemos. O inconsciente é como “uma outra pessoa” dentro de nós e não a conhecemos ou lembramos, pois sua estada ocorreu muito cedo, na infância ou mesmo no útero materno.
  Quantas emoções assimiladas, traumas sofridos, afeto negado, sensações diversas de rejeição, abandono ou desamor fazem parte do inconsciente. Mas podem se manifestar ao longo da vida em forma de timidez excessiva, agressividade, melancolia, tristeza profunda, síndromes variadas e surtos, doenças psicossomáticas, entre outros exemplos.
    Do mesmo modo, a compreensão de aspectos da mente, como o impetuoso ID ou o rígido SUPEREGO comandando o nosso EGO, nos permite também o entendimento da luta interna que tantas vezes travamos.      
  Outro aspecto importante na promoção do autoconhecimento são os mecanismos de defesa, pois frequentemente ocorrem situações em que agimos de forma estranha, ou seja, fazemos  uso destes sem percebermos. Quantas vezes negamos situações ou fatos, não aceitando uma realidade, por exemplo. Ou racionalizamos uma situação e depois acreditamos na inverdade que nós mesmos construímos ou projetamos para outra pessoa.
   Com certeza as teorias e conceitos de Freud abriram as portas da mente humana, para conhecer, entender e agir de uma forma mais coerente e afetuosa consigo e com os outros. O estudo da mente abriu não só as portas, mas as asas do conhecimento sobre o ser humano.                                                                                    


sábado, 17 de outubro de 2015

História coletiva



   Sempre gostei de inventar histórias para as crianças nas turmas em que atuei, na educação infantil. Na interdisciplina Seminário Integrador II, surgiu a proposta da HISTÓRIA COLETIVA, com os participantes tendo que continuar o texto que a colega anterior escreveu, dando nexo ao que foi iniciado. 
    Ao longo dos anos, escrevi alguns livros artesanais, para menores de 5 anos, que deixei na biblioteca da Escola para compartilharem.


   Também costumo montar um livrinho para as crianças, unindo um tema trabalhado com algumas atividades artísticas e motoras, como pinturas ou rasgadura, por exemplo. Geralmente invento uma história que será a base dos trabalhos e utilizo as atividades para complementar. 
    Agora estou trabalhando o tema Diversidade, e confeccionei uma boneca de pano negra, com o cabelo trançado. Esta boneca visita a casa das crianças e junto vai uma história com lacunas a serem preenchidas pelos pais, como por exemplo, quais brincadeiras seu filho realizou com ela, ou a descrição física. 
   Esta história é interativa, e no final do ciclo escreverei uma única história, juntando os elementos apresentados, com o objetivo de mostrar ás crianças (e pais) o valor e o respeito pelas diferenças e como podemos conviver bem, no caso, uma menina negra, de cabelo diferente do que costumam ver. Tirei algumas fotos das crianças brincando com ela, que depois irei incluir no livrinho.
    
   Por já gostar de histórias infantis escolhi o tema COMÉDIA, na História Coletiva, ao ver o início do texto.
    A história fala de um macaco chamado Simão, que percebe, apavorado, seu rabo todo pelado... um bom "pano pra manga", com certeza!


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dia dos Professores


   Ser professora de Educação Infantil é uma tarefa adorável, pois trabalhar com crianças tão pequenas é muito gratificante, pelo carinho, pela espontaneidade, pela alegria.




  
   Uma tarefa que exige dedicação, sensibilidade, compreensão e envolve esperança, valores, confiança.

   Que neste Dia dos Professores estejamos fortalecidas, com todo empenho e boa vontade, acreditando um pouco mais na vida e prossigamos com coragem e orgulho de sermos professoras, mesmo que muitos não valorizem e nos considerem meras cuidadoras.

sábado, 10 de outubro de 2015

Infância pós-moderna



 O ser humano está em constante transformação, assim como o pensamento coletivo e o andar da humanidade.

   A ideia de movimento e de mudança fundamentam a vida pós-moderna. Velhos conceitos e valores são repaginados, baseados na saturação da crença na ciência, na garantia de uma vida feliz e bem administrada, na segurança e na razão. A velocidade do tempo atual não permite estagnações, crenças absolutas nem confiança plena em qualquer coisa, pessoa ou situação.
      A base do pós-modernismo é a inconsistência, a liquidez, o excesso, a impermanência, a velocidade e o hábito desenfreado do consumo – de coisas, de pessoas, de ideias, de serviços ou mesmo de ilusões.





        Tudo se pode adquirir, usufruir, participar, mostrar.

       O que importa é ser feliz agora, produzir mais para consumir mais, usufruir espremendo o sumo até perder a valia, para tornar nossa vida mais alguma coisa que não se sabe bem o que. E nem por quanto tempo e nem ir para onde.
 As crianças vivem no mundo que os adultos deixaram, com a educação na pauta do dia e valores reinventados.
 A questão é saber como educar as crianças na pós-modernidade, frente a tantas mudanças que ocorrem, sem precedentes no andar da humanidade.





   
 Elas vêm de casa, desde o nascimento, inseridas em ideias consumistas e valores muitas vezes vazios.


 Nós, como escola e como professoras, temos é que dar um norte, visualizar uma linha de chegada aos aprendizados para que o aluno não só decore conteúdos, mas aprenda a compartilhar conhecimentos, pesquisar e pensar por sua mente, com senso crítico e discernimento.

 Do mesmo modo, a mídia cria necessidades irreais que a criança não tem maturidade para refletir a respeito e a família está muitas vezes omissa, mergulhada em preocupações que o próprio consumismo gerou.



terça-feira, 6 de outubro de 2015

A busca de um norte para a educação

 
   Assistindo o vídeo do Pink Floyd, "Another brick in the wall", na aula presencial da interdisciplina ESCOLARIZAÇÂO, ESPAÇO E TEMPO NA PERSPECTIVA HISTÓRICA, voltei no tempo, às cadeiras escolares de minha infância.

   



     Estudei em Grupo Escolar, nos anos 1970 e início dos anos 80, em plena ditadura militar, em meio a aulas de Educação Moral e Cívica, desfile de Sete de setembro com marcha, entoação do Hino Nacional toda semana, respeito quase devocional aos diretores, uniforme e toda cultura escolar daquele tempo.


     Antes da aula era feita fila por altura, a "vistoria" do uniforme, para ver se tudo estava adequado com as normas. Respeitávamos os professores e os poucos "anarquistas" eram repreendidos, com advertências ou os pais eram chamados, mas a vergonha pública era o que mais marcava. 

    A escola atual não mudou muito desde aquela época. Na escola estadual que minha filha estuda, fazendo o Ensino Médio, ainda vejo muita coisa igual. O que mudou foi a liberdade de expressão e, infelizmente, um visível desrespeito para com os professores, ou pena por pertencerem a uma classe "desprezada financeiramente" e a ideia geral do "não dá nada" para qualquer infração. Sinais de uma sociedade que perdeu o norte, mostrando-se confusa e pais sem autoridade.

  As manifestações de civismo são raras, com poucas "Horas Cívicas", predominando a ideia, entre os estudantes, de um país sem jeito e políticos corruptos. O verde-amarelo refere-se mais ao futebol do que à Pátria.



    Talvez a geração que viveu entre o tempo do vídeo do Pink Floyd e esta de agora, nas esferas escolares, "chutou as carteiras do sistema", mas ainda procura um norte para a educação dos seus filhos. 

domingo, 4 de outubro de 2015

Sentimento de culpa - a infância na mídia

                  Tenho observado que muitas propagandas de televisão utilizam uma brecha deixada pelos pais, sobrecarregados das tarefas diárias, para incutirem sutilmente um sentimento de culpa em relação ao cuidado dos filhos. Filhos lembrando os pais de fazer isto ou aquilo, de consumir este ou outro produto, mais saudável, etc.

                    
A inversão dos papéis na família de hoje


          Quantos pais se identificam com os pais alheios da propaganda, se sentindo culpados por não estarem atentos o suficiente as "necessidades" dos filhos e mostram mais inteligentes que eles próprios.


               Uma propaganda me chamou a atenção:  uma marca de água mineral passa a ideia de uma desintoxicação no organismo, nada que seja desconhecido do seu público alvo, mas o apelo infantil dá superpoderes  aquela água. E os pais cedem facilmente aos rostinhos faceiros das crianças que "sabem de tudo".

            Tem me chamado a atenção, e não é de hoje, o quanto a mídia e a indústria direcionada ao público infantil apodera-se da fragilidade dos pais, uma vez que o mundo em seu contexto geral é consumista e descartável. Mas como as gerações passadas foram privadas de "muitas coisas", hoje os pais compensam sua própria ilusão consumista frustrada da infancia, provendo tudo que há de novidade para deixar seus filhos felizes, na esperança de terem uma vida melhor. E quem lucra com isso são as indústrias, comércio e a mídia, com a publicidade muito bem orientada para estes fins.




   

Estamos todas juntas!


      Assistindo o vídeo da primeira aula presencial de Psicologia 1, pude perceber mais nitidamente como estamos todas no "mesmo barco" de vivências e aprendizagens!




     Ao ingressar no Pead tinha  a impressão de que eu era uma "ET", que pousou e tinha uma faculdade para desbravar. 
       O pensamento interiorano de que todos as colegas tinham mais experiência  e conhecimentos às vezes tomava conta. As dificuldades do PB works me faziam pensar como seria difícil continuar. 



     Mas a vontade de seguir em frente era irreversível. Teria que enfrentar a distância que tinha, indo de ônibus, e os novos aprendizados. Capacidade sabia que tinha, força de vontade também. Mas o cansaço às vezes tomava conta.
    
 Ao assistir o vídeo e ter participado dos teatros me fez confirmar o que já havia constatado: estamos juntas! Todas enfrentam os mesmos desafios, experiências, medos, cenas diárias... nas escolas e na vida. 
   

                                                                      Carinhosamente, Cláudia

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Uma perspectiva tecnológica


        Voltar  a estudar tem me mostrado um novo mundo. Mesmo trabalhando há tantos anos na educação infantil e fazendo cursos de formação continuada, foi voltando a estudar, em nível superior no curso de Pedagogia, que posso ver o alcance que o estudo está tendo em minha perspectiva escolar.


   O embasamento teórico de algumas questões, nas interdisciplinas até agora estudadas, tem fortalecido minha prática pedagógica, e os conhecimentos adquiridos, sem dúvida, fortalecem meu trabalho. 

     Mesmo coisas elementares, como o uso de recursos tecnológicos, enfatizados e indispensáveis no Seminário Integrador, já me levam a buscar alçadas maiores e sua utilização na escola, com independência e domínio.

 
   


   A minha geração conheceu tardiamente a tecnologia,depois de termos aprendido a usar os recursos arcaicos que haviam em outros tempos.


 Tivemos que nos reprogramar e  nos introduzir, aos trancos, no mundo digital. Quem é jovem até acha hilário e não compreende, pois já nasceu inserido neste contexto tecnológico, mas sou do tempo do manual, no máximo eletrônico.

 Mas a mente está sempre aberta e se desafiando, o que é muito enriquecedor.