quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Uma perspectiva tecnológica


        Voltar  a estudar tem me mostrado um novo mundo. Mesmo trabalhando há tantos anos na educação infantil e fazendo cursos de formação continuada, foi voltando a estudar, em nível superior no curso de Pedagogia, que posso ver o alcance que o estudo está tendo em minha perspectiva escolar.


   O embasamento teórico de algumas questões, nas interdisciplinas até agora estudadas, tem fortalecido minha prática pedagógica, e os conhecimentos adquiridos, sem dúvida, fortalecem meu trabalho. 

     Mesmo coisas elementares, como o uso de recursos tecnológicos, enfatizados e indispensáveis no Seminário Integrador, já me levam a buscar alçadas maiores e sua utilização na escola, com independência e domínio.

 
   


   A minha geração conheceu tardiamente a tecnologia,depois de termos aprendido a usar os recursos arcaicos que haviam em outros tempos.


 Tivemos que nos reprogramar e  nos introduzir, aos trancos, no mundo digital. Quem é jovem até acha hilário e não compreende, pois já nasceu inserido neste contexto tecnológico, mas sou do tempo do manual, no máximo eletrônico.

 Mas a mente está sempre aberta e se desafiando, o que é muito enriquecedor.

A escola em debate


     O velho padrão escolar está em questão nos debates sobre educação. As escolas, em sua grande  maioria, ainda funcionam com o sistema hierárquico onde o professor é a autoridade na sala de aula, aquele que detêm o conhecimento, e o aluno é o aprendiz  que meramente assimila o que o professor repassa, faz provas avaliativas e segue para uma turma mais avançada, se passar de ano.
    As salas de aula ainda são organizadas com as classes enfileiradas e na parede da frente, o quadro negro. Muitas apresentam até recursos mais modernos, com uso de tablets e lousa digital, mas em muitos casos, não são providos de internet na velocidade adequada. 

     A escola, em seus primórdios,  se caracterizou por este modelo de ensino e de organização do espaço físico. As aulas eram inicialmente para meninos, geralmente m escolas paroquiais ou seminários,  depois surgiram as turmas mistas e os cursos técnicos, em escolas do governo, com professores em vez de religiosos. A obediência era a base do convívio, bem como o recato, o seguimento da moral vigente e a nulidade de opinião. A fonte de conhecimentos era através do professor e do acervo bibliográfico, as únicas disponíveis, antes da era digital.

    Haviam escolas para a população menos favorecida economicamente, mas geralmente em seminários, no intuito de formar padres, sendo uma possibilidade única para o estudo. Porém, até poucas décadas atrás, o estudo era privilégio de uma pequena parcela da população. A maioria das pessoas tinha acesso apenas ao ensino primário, em um tempo que a educação era luxo e não havia a obrigatoriedade.
    Atualmente, a obrigatoriedade se aplica ao ensino fundamental, e há políticas públicas de incentivo a frequência escolar à população carente, bolsas de estudo, sistema de cotas, programas de inclusão, ou qualificação e formação continuada de professores, e outros projetos em vigor.
    A tecnologia veio transformar a escola e reformular o conceito de informação, uma vez que o aluno dos dias atuais está conectado e possui acesso a uma gama variada de recursos. As velhas enciclopédias se tornaram obsoletas e a pesquisa se tornou virtual. A pretensão seria de ter à disposição, na sala de aula, todos os recursos tecnológicos em uso, fazendo parte da rotina. Mas a realidade está aquém do desejado, com métodos ultrapassados no processo do ensino e da aprendizagem, na maioria das escolas.

  A escola da atualidade está em debate, pela sociedade e pelas classes docentes e governamentais, pois em um mundo que anda na velocidade da informação, com consciência dos direitos, em um processo de globalização, as mudanças são imprescindíveis e urgentes.

domingo, 27 de setembro de 2015

O ID, o EGO, SUPEREGO e Freud na minha vida


   Os  assuntos da Psicologia sempre me atraíram, desde cedo, lendo artigos de revistas e livros da área. Sempre fui uma pessoa mais introvertida, não muito dada à festas e badalações. Minha mãe teve problemas de depressão e eu mesma, já adulta, passei momentos difíceis que me levaram ao médico e psicanalista.
   Sempre me diziam que eu era melancólica,  com dificuldade para fazer amigos, sempre brigando contra pensamentos negativos... Talvez sabendo destas tendências procurei sempre ler a respeito e fiz muitos esforços para ser mais alegre e sociável. 
    Comecei a trabalhar com 19 anos, no comércio, como desenhista de moda, e me obriguei a ser sempre educada, gentil, sorridente e acho que isso teve muita serventia na minha vida. Passei a ser mais confiante, alegre, o que me favoreceu até hoje.
   
  Também busquei muitas formas de ajuda e autoconhecimento, como a bioenergética, regressão, grupos de oração, terapia, etc. bem como sempre usei a arte para extravasar minhas emoções.

   Mas acho que tem coisas na gente que existem para serem trabalhadas, como a superação de traumas da infância, projeções, baixa estima, medos e angústias inconscientes.
   Nas atividades da interdisciplina de Psicologia1, em poucos dias fiz um mergulho em áreas do meu ser que merecem atenção e cuidado. Mas de forma muito carinhosa comigo mesma, um pouco de humor e boa vontade, consigo tocar em algumas feridas, muitas já cicatrizadas, mas que me moldaram a ser quem eu sou hoje. Acho que posso gostar de mim, assim, como sou. Sempre buscando a cura para os males da alma, ou melhor, da mente... 
   Da mesma forma, em meu trabalho na EMEI, sempre procurei incentivar meus alunos, promovendo uma estima elevada, confiante, com muito afeto, pois sei como é se sentir inferior e incapaz.
     Esta semana, estudando Freud, com as teorias sobre o ID, EGO e SUPEREGO me levaram a uma viagem divertida sobre meus problemas de saúde que estou enfrentando. Transcrevo, abaixo, a história pitoresca de uma moça chamada Cláudia Ego:



    "Era uma vez uma moça chamada Cláudia EGO que precisava cuidar da saúde, pois os anos foram passando e ela sentia que algo tinha que mudar. Há anos foi recomendado que Cláudia fizesse exercícios, mudasse seus hábitos alimentares e sua postura, com alongamentos diários. Mas uma parte dela, um tal de ID, não obedecia, fazendo ataques a geladeira, se atirando no sofá ao final do dia e comendo muitos doces. Veio então o doutor SUPEREGO para mostrar a moça, amargamente, o resultado que ela mesma criou: dores, desgastes ósseos, obesidade e hipertensão. Quem escreve esta história é ele mesmo, o tal SUPEREGO, xingando a senhora EGO pelos estragos do ID, que agora se esconde embaixo da cama."

                                                                                                                        Acho que enfrentando nossos inimigos interiores é a melhor maneira de superar nossas limitações e medos, com uma boa dose de bom humor e carinho.
Com carinho e afeto





sábado, 26 de setembro de 2015

Memórias


       MEMÓRIAS... uma andança aos lugares mais longínquos da nossa mente, na nossa vida, com a emoção caminhando junto, passo a passo.




 Na interdisciplina ESCOLARIZAÇÃO, ESPAÇO E TEMPO, em nossa primeira aula presencial nos foi pedido para trazer um objeto que remetesse a alguma lembrança, trazendo à memória algo significativo.

     Escolhi uma fotografia de 14 anos atrás, na praia, feliz, com minha filha pequena, aos dois anos de idade. O significado é pessoal, envolto em uma aura de saudade e alegria.

   Mas muitos poderiam ser os objetos que nos remetem ao passado, nostalgicamente lembrando de um tempo ido, que construiu um pouco do nosso agora.


  Uma fotografia, um cheiro de sabonete, o tempero de uma comida, relíquias que guardamos... um colar, o primeiro sapatinho do filho, um diploma, um souvenir, um imã de geladeira. Não importa o objeto, mas a memória que nos transporta a nós mesmos, mas em outro tempo.

      Desta mesma maneira, a memória de um povo,uma comunidade, uma escola deve ser resgatada, pois a partir destas memórias se pode construir o futuro, uma vez que conhecendo o passado compreendemos o presente.





Tipos de conhecimentos: um mundo de descobertas

         Há cerca de 13 anos atuando na  educação infantil, três e meio destes como professora, sempre me questionei como o conhecimento que passo ou fomento nas crianças deveria ser amplo, abrangendo vários âmbitos.

  Esta semana, estudando na interdisciplina FUNDAMENTOS DA ALFABETIZAÇÃO, os TIPOS DE CONHECIMENTO, percebi claramente como minha intuição estava certa. Pois quando queremos ensinar algo, deve ser significativo, abrangente, prazeroso e edificante para a criança. 




    Sabia que a criança aprende ouvindo, manipulando, explorando, mas agora consegui entender mais especificamente como se dá o aprendizado frente aos diferentes tipos de conhecimento que ela assimila.  



      Dentre as tarefas propostas para este foco, está a descrição de quatro atividades que se baseiam nos diversos conhecimentos, e optei por fazer, supostamente, com uma turma de Maternal, com crianças de 3 a 4 anos de idade. A seguir, transcrevo a atividade.

"Cartão para o Dia das Mães



       Digamos que eu estou querendo realizar um cartão para o Dia das Mães, na turma do Maternal. Para que o aprendizado seja significativo e mais completo, usarei, durante o processo, as quatro formas de conhecimento.

Primeiro atividade: Conversação. Para que ocorra o CONHECIMENTO SOCIAL, falo para as crianças sobre o Dia das Mães no mundo, que é comemorado no segundo domingo de maio, as maneiras de falar a palavra Mãe nos diversos idiomas, da importância na nossa vida: o carinho, o cuidado, o querer bem, quem nos gerou, alimentou e educa. Em uma rodinha, cada criança diz o nome de sua mãe e a descreve, física e afetivamente, enaltecendo suas qualidades. Solicito que tragam uma foto da mãe para fazermos um cartão.

Segunda atividade: Cobrir a palavra Mãe com algum material alternativo. Para promover o CONHECIMENTO FÍSICO, ofereço  diversos materiais, como areia colorida, lã, glitter, lantejoulas, EVA recortado em mosaico, crepon em bolinhas, feitas anteriormente, e botões para colar sobre o traçado da palavra MÃE, começando  da esquerda para a direita.

Terceira atividade: dobrar e colar a foto no cartão. Como já estão desenvolvendo, gradativamente, CONHECIMENTOS MOTORES, peço que dobrem ao meio e colem a foto na parte interna, bem como as qualidades que expressaram anteriormente, agora digitadas.

Quarta atividade: apresentação aos colegas e descrição do processo. A fim de promover o CONHECIMENTO LÓGICO, propus uma rodinha, onde cada criança mostra o cartão aos colegas, com a foto da mãe, fala o nome dela e descreve como fez o mesmo e o material que escolheu. Desta maneira, ela percebe a sequencia das atividades e o processo de criação do presente para sua mãe."

     Esta atividade é apenas um exemplo, entre tantas possibilidades que temos diariamente, frente a um mundo de descobertas que nossos pequenos alunos realizam.  


sábado, 19 de setembro de 2015

As teorias de Freud na educação infantil



         Com a abordagem  do INCONSCIENTE, na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia, muitas questões vieram à tona em minha mente. 
       Usando exemplos concretos do dia a dia, na escola de educação infantil em que trabalho, percebe-se nitidamente conceitos de Freud, principalmente no que se refere a sexualidade,  presente desde o berço, em todas suas fases.
    Na fase oral, em que precisam sugar, percebe-se principalmente nos Berçários atitudes como levar tudo a boca, desde os dedos, brinquedos, ou até pedrinhas (no parquinho de areia) e outros objetos que encontram. Ainda fazem uso da mamadeira e a grande maioria chupa bico.
Na fase anal, mostram-se curiosos acerca das próprias fezes e de seus colegas, mostrando aos outros a sua “produção”, ou colocando o dedo nas mesmas e até, como ocorreu uma vez, “pintando” a parede do banheiro com elas. Parece exagero, mas as fezes são encaradas com naturalidade pelas crianças, que se mostram felizes em faze-las.
Quando entram na fase fálica, crianças tendem a querer ver o genital dos colegas do sexo oposto, fazem perguntas e comentários, naturalmente. Algumas manipulam seus genitais na hora do soninho, para aliviarem suas ansiedades, ou apenas porque lhes dá prazer. A postura que temos que ter é compreender que é algo normal, porém dentro de certos limites de uma vida em sociedade, exatamente como nos tempos de Freud. Mas existe o fato de muitas crianças dormirem no quarto dos pais e verem mais do que deveriam, as vezes  ”reproduzindo uma cena”, constrangendo a todos.
     Quanto ao Complexo de Édipo, vemos meninas que só querem o pai, rejeitando a mãe, ou seja, tudo que "Freud explica" é cotidiano, real.
Também percebemos que crianças que vivenciam situações de briga em casa ou maus tratos, tem na escola atitudes que refletem o que estão assimilando, com agressividade, isolamento ou rebeldia, que inconscientemente se manifestam. Na verdade as crianças estão o tempo todo assimilando informações, vivências e ainda não processam tudo isso, que irá se manifestar mais tarde, nas séries iniciais e logicamente, na vida adulta.
                

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A alfabetização na educação infantil



Aprendendo alguns fundamentos da alfabetização pude perceber o quanto o processo inicia cedo, nos primeiros meses de vida. A partir desta constatação observei como ocorre a alfabetização em sua fase inicial.
Em minha turma atual em uma escola infantil, o Berçário 2, as crianças tem entre um ano e meio a dois anos de idade e estão começando a falar. Alguns já conseguem articular algumas palavras, geralmente repetindo algo que falei ou que ouviram de outros ou mesmo em um vídeo. Começam a expressar oralmente o que querem ou o que lhes desagrada.
Procuro estimular a curiosidade e o interesse das crianças através do manuseio de livrinhos infantis de diversos materiais, fazendo leitura visual dos mesmos. Também disponibilizo revistas e similares, bem como coloco cartazes contendo informação escrita na sala e seus nomes estão escritos com letras grandes nos seus pertences. Embora a alfabetização vá ocorrer anos mais tarde, procuro fomentar o interesse pela palavra escrita desde cedo nos pequenos.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Novas interdisciplinas/novos desafios


      Efetivamente o semestre começou agora. Abro o Moodle para ver se entrou alguma atividade ou texto e vejo, ligeiramente perplexa, um monte de tarefas e assuntos novos.
      Não que ache muito, pelo contrário, mas o período ocioso foi suficiente para desacostumar. 
      Os temas das interdisciplinas são bem interessantes, pois gosto de tudo que se relaciona com psicologia, Freud, inconsciente... Infâncias... Ah! Como são maravilhosas todas as fases de uma criança, cada uma com seu desenvolvimento e descobertas. Da mesma forma, temas como a memória coletiva me instiga, ou a alfabetização, que sutilmente e de forma indireta é trabalhada na creche com os menores.
      Fico confiante pelos aprendizados do Seminário integrador do primeiro semestre e o domínio, relativamente maior, das tecnologias do curso. Também inicio com menos ansiedade quanto a vencer os prazos estipulados, pois já me adaptei a uma rotina de estudo e envio de tarefas, uma após outra, sem acumular. 
      Em minha escola teve algumas mudanças positivas e podemos agora contar com apoio de diversos profissionais no desenvolvimento de nosso trabalho, como psicóloga atuante na rede de ensino.
      Então, é hora de iniciar os estudos, com satisfação e orgulho de aprender sempre mais, apesar da idade, do tempo ou da distância que percorro para chegar ao campus, devido ao fato de morar longe. Mas todo esforço vale a pena e traz muitas alegrias e realização pessoal.













domingo, 6 de setembro de 2015

Boa sorte neste semestre


      Retorno...

   Após um breve período de férias, ou uma pausa, melhor dizendo, iniciam as atividades do segundo semestre.
   Surgem no Moodle as primeiras leituras, vídeos, tarefas. Confesso que tenho um pouco de receio ainda em relação a algumas questões, mas as interdisciplinas parecem ser bem interessantes e já sei como é o sistema de estudo, tutoria e postagem.
 
 Apreensiva...

Gostaria muito de conseguir acompanhar bem as atividades, com toda concentração exigida, pois estou um pouco adoentada, terei que fazer exames, e não sei como os "próximos capítulos" irão se anunciar. Mas, de qualquer forma, desejo boa sorte para mim, e para todas colegas!