quarta-feira, 27 de julho de 2016

Troca de afetos

   Quando uma criança está sob nossos cuidados, dia após dia, durante um ano inteiro, acabamos por nos afeiçoarmos a ela. Ainda mais se ela é pequena, como nos berçários. 
   Por mais que digamos, profissionalmente, que a criança é apenas nosso aluno, e está somente de forma temporária com a gente, no fundo, é como se fizesse parte de nossa vida. Com algumas temos maior afinidade do que com outras, que não nos cativam tanto, ou mesmo que nos desafiam.

 Talvez o coração maternal ou mesmo a necessidade física e emocional de afeto nos leve a este questionamento. Assim como temos pouca afinidade com alguns, por outros, sentimos como se fossem da família, gostando de abraçar e de estar junto.
   O que isto tem de errado? Será que se afeiçoar pelas crianças está errado?
  Existem crianças que cuidei no berçário ou no maternal há 10 ou mais anos, e ainda hoje, lembram de mim, acenam ou me abraçam quando as encontro.
  Acredito que ficar na memória e no coração dos alunos é muito bom: significa que não passamos em suas vidas em vão! Abrimos portas, fizemos laços, estruturamos os afetos.
   E a recíproca também é verdadeira!



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