terça-feira, 29 de março de 2016

Bons observadores

 
     Observar é "olhar atentamente; examinar com minúcia", nos diz o dicionário da língua portuguesa. 


  A partir desta definição conseguimos perceber a diferença entre olhar e ver. Quantas coisas passam despercebidas porque não olhamos atentamente, não enxergamos completamente. Uma mesma situação pode ser corriqueira para uns e significativa para outros. Diz-se, pela sabedoria popular, que "só enxergamos o que queremos ver!" Uma simples e exata constatação. Penso que enxergamos, de fato, com minúcia, tudo o que nos é importante. Observamos aquilo que tem interesse para nós. 
    Muitas coisas em nossa vida são "efeitos especiais", como num filme onde nossa atenção está focada na tela e entramos na mesma, não distinguindo o real e o ilusório. Inúmeras situações vividas não passam de ilusionismo, pois nosso olhar vê além do real, ou com uma distorção de ótica. E não raro, nosso cérebro processa sem questionar, criando uma falsa percepção da realidade.
     Por estas razões o olhar deve ser treinado, devemos olhar atentamente, examinando pormenores, para que sejamos bons observadores e não meros expectadores de tudo que nos é apresentado. Vale para as diferentes áreas de nossa vida, desde as mais complexas do mundo atual, às cotidianas dos relacionamentos interpessoais, passando pela mídia e informações repassadas na internet, por exemplo. 
     Sendo bons observadores, compreenderemos melhor o mundo à nossa volta, e além de percebermos o óbvio ante nossos olhos, enxergaremos as letras miúdas das entrelinhas da vida.


Referências: 
                  Bueno, Francisco da Silveira - Mini dicionário da língua portuguesa, 2001.

                  Imagem - www.emotivacion.com

sábado, 26 de março de 2016

Sustentando argumentos


         Argumentar é a pauta do dia. Como construir argumentos que sustentem o que penso e como defendê-los?
   Iniciamos o terceiro eixo de aprendizagens no Pead com o desafio de qualificar nossas postagens. Para tanto, torna-se necessária a observação dos próprios textos com um olhar mais crítico, visitar o blog de outras colegas de curso, fazer comentários construtivos nos mesmos, buscar fundamentos que solidifiquem nossas postagens, com fontes seguras que acrescentam e apoiem nossas ideias, bem como usar uma linguagem mais formal, sem o perfil de "conversas de comadre", que permeiam as conversações informais. 
     Um texto que escrevemos retrata algo que concebemos em pensamento, por isso torna-se importante convencer o leitor daquilo que estamos afirmando. Precisamos apresentar argumentos suficientemente convincentes de que o que estamos dizendo é verossímel. Como nos diz Whitaker Penteado, "Argumentar é discutir, mas principalmente, é raciocinar, é deduzir e concluir. A argumentação tem que ser construtiva na finalidade, cooperativa em espírito e socialmente útil.'


     Finalizando, é um prazer muito grande escrever neste blog, consolidando aprendizados e compartilhando com os demais da Pedagogia Ead, desejando um semestre produtivo e enriquecedor para todos!

domingo, 20 de março de 2016

Em busca de um norte para a educação

   
   Assistindo o vídeo do Pink Floyd, "Another brick in the wall", na aula presencial da interdisciplina ESCOLARIZAÇÂO, ESPAÇO E TEMPO NA PERSPECTIVA HISTÓRICA, voltei no tempo, às cadeiras escolares de minha infância.

   



     Estudei em Grupo Escolar, nos anos 1970 e início dos anos 80, em plena ditadura militar, em meio a aulas de Educação Moral e Cívica, desfile de Sete de setembro com marcha, entoação do Hino Nacional toda semana, respeito quase devocional aos diretores, uniforme e toda cultura escolar daquele tempo.


     Antes da aula era feita fila por altura, a "vistoria" do uniforme, para ver se tudo estava adequado com as normas. Respeitávamos os professores e os poucos "anarquistas" eram repreendidos, com advertências ou os pais eram chamados, mas a vergonha pública era o que mais marcava. 

    A escola atual não mudou muito desde aquela época. Na escola estadual que minha filha estuda, fazendo o Ensino Médio, ainda vejo muita coisa igual. O que mudou foi a liberdade de expressão e, infelizmente, um visível desrespeito para com os professores, ou pena por pertencerem a uma classe "desprezada financeiramente" e a ideia geral do "não dá nada" para qualquer infração. Sinais de uma sociedade que perdeu o norte, mostrando-se confusa e pais sem autoridade.

  As manifestações de civismo são raras, com poucas "Horas Cívicas", predominando a ideia, entre os estudantes, de um país sem jeito e políticos corruptos. O verde-amarelo refere-se mais ao futebol do que à Pátria.



    Talvez a geração que viveu entre o tempo do vídeo do Pink Floyd e esta de agora, nas esferas escolares, "chutou as carteiras do sistema", mas ainda procura um norte para a educação dos seus filhos. 



 
 Considerei qualificada esta publicação, pois iniciou citando o vídeo assistido na aula da interdisciplina História, com o nome da banda, porém poderia ter aberto um link de acesso. Mas comecei descrevendo como era o sistema escolar na época da música(vídeo), que justamente foi o tempo que ingressei na escola, nos anos 1970,  de forma repressora e autoritária.
    Fiz uma analogia da realidade da época com os  dias atuais, porém questionando alguns aspectos nem tão positivos assim. A base do argumento é a escola repressiva do passado ainda recente, que formou gerações manipuláveis, esta mesma que "chutou as cadeiras" do sistema em busca da liberdade de expressão, que existe desde então.
     
     

Quando a mente se abre

  Após um ano de estudos no curso de Pedagogia EAD, muitas foram as aprendizagens, e por isso posso citar o que o célebre físico Albert Einstein já nos dizia:

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original."

     Penso que a mente, e porque não dizer, o ser interior, se expande a medida que se determina a assimilar o novo e não está do mesmo tamanho de um ano atrás. Os conhecimentos adquiridos ocuparam espaço, nortearam ações, conduziram o dia a dia e fez surgir uma vontade enorme de saber mais. Este desejo é o que, na interdisciplina Psicologia, aprendemos como sendo "o desejo de saber", que o psicanalista Sigmund Freud definiu nas suas teorias, através da empatia com os professores, o estímulo da mente criativa e o hábito de estudar.

    Sempre admirei as mentes brilhantes, pessoas que amam ler, aprender coisas novas, mantendo conversação sobre diversos assuntos. O retorno aos estudos, após longo período, foi imensamente significativo, pois a mente se expandiu e não mais voltará a seu tamanho original.

      O ser humano facilmente se acomoda, pois é muito confortável permanecer em seu território de saberes já adquiridos, mas algo inconsciente rompe a atrofia e gera uma perturbação necessária e altamente positiva. O movimento de "levantar da cadeira" faz toda diferença, pois sempre relutamos justamente com o que mais necessitamos e que, geralmente, nos proporciona as maiores lições, uma delas, a felicidade de abrir a mente e vislumbrar novos horizontes!


Referencias:



-  Kupfer, Maria Cristina -Freud e a educação. O mestre do Impossível
 https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1360769/mod_resource/content/1/Freud%20e%20a%20educa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Maria%20Cristina%20Kupfer.pdf

   Esta postagem necessitava ser qualificada, com a ideia principal fundamentada, colocar referencias e utilizar uma linguagem mais formal, passando certeza nas minhas afirmações, deixando de ser apenas a minha opinião em uma reflexão compartilhada, mas a explanação de um argumento que necessita ser evidenciado e defendido.