sábado, 13 de abril de 2019

Educar pessoas: uma tarefa constante

   
      Na mídia nacional, nos últimos dias, foram mostrados casos de banalização da palavra proferida por comediantes e apresentadores de televisão. Nas redes sociais, um debate sobre liberdade de expressão.  O que é fazer piada de uma pessoa e o que é fazer injúria, quando atribui-se ao outro  o que não é de fato, profanando a honra desta. Muitos seguidores questionaram se seria certo ou errado tais comentários, e  o direito ao respeito, embora em tom humorístico.   
     Ao mesmo tempo, no principal reality show da TV brasileira, declarações racistas e de preconceito religioso permearam as falas da campeã, ao longo do programa, escolhida pelo público para levar o prêmio. Tais atitudes são justificadas pela maioria como falas despretensiosas, impregnadas no inconsciente coletivo.
     Estamos no século XXI, e tais questões já deveriam estar superadas. Há décadas atrás havia outra consciência, mais limitada, frente a vários aspectos da vida cotidiana, como em relação à preservação ambiental, diferenças étnicos raciais, gênero, entre outros. O bullying  no ambiente escolar era frequente, mas tolerado como leviandade da infância e adolescência. As pessoas eram classificadas por diversos fatores sociais e era considerado normal. Muito se fez, em termos de educação, para mudar esta mentalidade nos jovens estudantes. Porém, como que de forma recorrente, fatos semelhantes se repetem constantemente.
     A pergunta que surge é: como educamos toda uma geração para aceitar o outro em suas diferenças e continuamos a ver casos assim, de agressões verbais e mesmo físicas,  se não, com muito mais frequência? Os avanços dados nos últimos tempos foi significativo, mas o ato de educar o ser humano deve ser uma constante. 
     Trabalhando na educação infantil tenho a oportunidade de apresentar aos pequenos uma percepção de mundo onde a valorização do ser humano em suas diferenças é fundamental, de propor projetos e atividades que integrem e fomentem o respeito entre eles. Ações que priorizem a preservação da natureza, da vida, ideias de reciclagem e consumo consciente também são pertinentes. O ambiente escolar é propício para trabalhar valores essenciais, busca de resultados coletivos com esforços mútuos, enfim, uma nova consciência. 
     Podemos usar da tecnologia para chegar a tais efeitos, com o aluno inserido na realidade virtual, inovando na busca de novos aprendizados, tendo por base a educação que necessitam para fazerem  um mundo melhor. 
     O enfrentamento do bullying, a partir de 6 de novembro de 2015,  teve respaldo legal, com a Lei número 13.185, sancionado pela então presidenta Dilma Rousseff, que "classifica como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou descriminação.  A classificação inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos." (Ministério da educação).
     Educar pessoas é um processo constante, pois, metaforicamente, "monstros" surgem ao negligenciarmos a luz e alimentarmos a ignorância.

Referências:

KERBER, Cláudia Simone. Aprendizados. Educando o ser humano. 2018. Acesso em:
http://claudiasimoneblogpead.blogspot.com/2018/05/educando-o-ser-humano.html

 Ministério da Educação. Especialistas indicam formas de combate à atos de intimidação. Acesso em:



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