sábado, 6 de abril de 2019

Questionamentos para a vida em sociedade


      A vida em sociedade, assim como também na escola e na sala de aula, nos faz questionar sobre diferenças, pontos de vista, liberdade, convivência, busca do conhecimento, e outros. Deparamos com a dialogicidade. Dialogicidade é a característica do que se efetua por meio da conversa, da chegada a um acordo de opiniões.
      Paulo Freire, no livro “À sombra desta mangueira”, nos faz refletir sobre a prática do diálogo, pois a comunicação está presente em toda ação humana como fenômeno vital e a informação encurta o tempo e o espaço. Viver em sociedade nos obriga a conviver com idéias e opiniões divergentes. Pessoas tem diferentes perspectivas a partir do ângulo em que estão posicionadas, cultural, econômica e socialmente, baseadas na realidade em que vivem e suas experiências. Estes elementos nos conduzem a buscar o diálogo, característico de sociedades democráticas.
     Como seres humanos somos finitos e inacabados, sempre em construção de aprendizados. Uma vez conscientes da nossa finitude, somos compelidos ao educar-se, a buscar maneiras de viver melhor, conhecer mais, compreender mais. Somos, por natureza, seres curiosos. A curiosidade inata nos faz quer saber mais a respeito de diferentes coisas, e por ela estamos disponíveis a indagação e a perguntas que expressam a possibilidade de conhecer. Trazendo isto para a sala de aula, Paulo Freire nos induz a perguntar: como é possível aprender sem questionar, apenas recebendo informações despejadas pelo professor, e decorando datas, fórmulas, teorias? 
     O professor precisa fomentar a curiosidade dos alunos, fazendo-o pesquisar, questionar, experimentar, debater com seus pares. A convivência que se apresenta no espaço escolar requer diálogo. 
     Não somente na relação professor-aluno, mas entre colegas docentes e comunidade escolar, a prática do diálogo torna-se fundamental, pois não podemos impor nosso ponto de vista e nem acatar deliberações não democráticas. As relações inter-pessoais tanto na escola como na vida cotidiana são permeadas pelo diálogo, salvo condutas ditatoriais que emergem pelos pântanos da sociedade. Paulo Freire, em sua obra, nos propõe a liberdade de pensar, de trocar idéias e de questionar tudo.

Referências:

KERBER, Cláudia Simone. Aprendizados. À sombra desta mangueira - reflexões. 2017. Acesso em:

FREIRE, Paulo. À sombra desta Mangueira. Livro. Editora Olho D água. São Paulo, 2000. Pg. 74-82.


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