As salas de aula ainda são organizadas com as classes enfileiradas e na parede da frente, o quadro negro. Muitas apresentam até recursos mais modernos, com uso de tablets e lousa digital, mas em muitos casos, não são providos de internet na velocidade adequada.
A escola, em seus primórdios, se caracterizou por este modelo de ensino e de organização do espaço físico. As aulas eram inicialmente para meninos, geralmente m escolas paroquiais ou seminários, depois surgiram as turmas mistas e os cursos técnicos, em escolas do governo, com professores em vez de religiosos. A obediência era a base do convívio, bem como o recato, o seguimento da moral vigente e a nulidade de opinião. A fonte de conhecimentos era através do professor e do acervo bibliográfico, as únicas disponíveis, antes da era digital.
Haviam escolas para a população menos favorecida economicamente, mas geralmente em seminários, no intuito de formar padres, sendo uma possibilidade única para o estudo. Porém, até poucas décadas atrás, o estudo era privilégio de uma pequena parcela da população. A maioria das pessoas tinha acesso apenas ao ensino primário, em um tempo que a educação era luxo e não havia a obrigatoriedade.
Atualmente, a obrigatoriedade se aplica ao ensino fundamental, e há políticas públicas de incentivo a frequência escolar à população carente, bolsas de estudo, sistema de cotas, programas de inclusão, ou qualificação e formação continuada de professores, e outros projetos em vigor.
A tecnologia veio transformar a escola e reformular o conceito de informação, uma vez que o aluno dos dias atuais está conectado e possui acesso a uma gama variada de recursos. As velhas enciclopédias se tornaram obsoletas e a pesquisa se tornou virtual. A pretensão seria de ter à disposição, na sala de aula, todos os recursos tecnológicos em uso, fazendo parte da rotina. Mas a realidade está aquém do desejado, com métodos ultrapassados no processo do ensino e da aprendizagem, na maioria das escolas.
A escola da atualidade está em debate, pela sociedade e pelas classes docentes e governamentais, pois em um mundo que anda na velocidade da informação, com consciência dos direitos, em um processo de globalização, as mudanças são imprescindíveis e urgentes.
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