sábado, 19 de setembro de 2015

As teorias de Freud na educação infantil



         Com a abordagem  do INCONSCIENTE, na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia, muitas questões vieram à tona em minha mente. 
       Usando exemplos concretos do dia a dia, na escola de educação infantil em que trabalho, percebe-se nitidamente conceitos de Freud, principalmente no que se refere a sexualidade,  presente desde o berço, em todas suas fases.
    Na fase oral, em que precisam sugar, percebe-se principalmente nos Berçários atitudes como levar tudo a boca, desde os dedos, brinquedos, ou até pedrinhas (no parquinho de areia) e outros objetos que encontram. Ainda fazem uso da mamadeira e a grande maioria chupa bico.
Na fase anal, mostram-se curiosos acerca das próprias fezes e de seus colegas, mostrando aos outros a sua “produção”, ou colocando o dedo nas mesmas e até, como ocorreu uma vez, “pintando” a parede do banheiro com elas. Parece exagero, mas as fezes são encaradas com naturalidade pelas crianças, que se mostram felizes em faze-las.
Quando entram na fase fálica, crianças tendem a querer ver o genital dos colegas do sexo oposto, fazem perguntas e comentários, naturalmente. Algumas manipulam seus genitais na hora do soninho, para aliviarem suas ansiedades, ou apenas porque lhes dá prazer. A postura que temos que ter é compreender que é algo normal, porém dentro de certos limites de uma vida em sociedade, exatamente como nos tempos de Freud. Mas existe o fato de muitas crianças dormirem no quarto dos pais e verem mais do que deveriam, as vezes  ”reproduzindo uma cena”, constrangendo a todos.
     Quanto ao Complexo de Édipo, vemos meninas que só querem o pai, rejeitando a mãe, ou seja, tudo que "Freud explica" é cotidiano, real.
Também percebemos que crianças que vivenciam situações de briga em casa ou maus tratos, tem na escola atitudes que refletem o que estão assimilando, com agressividade, isolamento ou rebeldia, que inconscientemente se manifestam. Na verdade as crianças estão o tempo todo assimilando informações, vivências e ainda não processam tudo isso, que irá se manifestar mais tarde, nas séries iniciais e logicamente, na vida adulta.
                

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