As crianças podem ser definidas baseando-se por três conceitos - modos de compreender e dimensionar a infância.
Alguns conceituam como selvagem, pois a criança é um ser menos evoluído, menos desenvolvido e que necessita uma explicação. É vista como algo particular que já fomos e a imortalidade do seu futuro imanente; uma comunidade estável e previsível que todos fizeram parte um dia.
Para outros a infância é natural, pois ser criança é normal e a convivência com elas é natural. A mudança de fase vem marcada por ritos de passagem, cerimônias ou apenas vem com significados ideológicos. A criança é um ser que vai maturando, conforme o desenvolvimento biológico e cognitivo.
Sob outro ponto de vista, a criança é um ser social, visto que a infância é uma fase da vida que a criança -tábua rasa - se prepara para a convivência futura, para tornar-se um ser cultural e credível.
A minha prática pedagógica está orientada pelo conceito da criança NATURAL, pois as vejo como pessoas que estão conhecendo o mundo, e nós, como adultos educadores, temos que guiá-los para que o seu desenvolvimento seja integral.
Devemos favorecer o crescimento saudável, estimular as suas potencialidades e prover meios para que possam aprender, bem como estimular as capacidades cognitivas. Mas, acima de tudo, permitir que brinquem, explorem o ambiente, construam conhecimentos, interajam com os demais.
Penso que a infância é uma riquíssima etapa da vida e existem sim, ritos de mudança criados pela sociedade. Ao sair da educação infantil fazemos uma formatura, o primeiro rito de passagem. Depois, vão surgindo outras cerimônias, algumas religiosas, que anunciam uma nova etapa.
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