A própria palavra já define: PRÉ CONCEITO. Algo que vem antes de ter certeza do mesmo. Opinião que antecede a reflexão, a crítica e o conhecimento.
O preconceito é uma precipitação que faz o juízo humano, com consequências tanto para quem o tem como para quem (ou alguma coisa) é o objeto deste. Pode se originar ainda na infância, através do convívio com pessoas preconceituosas, até na família, na escola ou mesmo ao longo da vida adulta.
Ao pensarmos em preconceito vem logo à mente o racismo, homofobia ou mesmo síndromes, como a de Down. Ocorre geralmente por medo, em um mecanismo de defesa inconsciente. Preferimos nos afastar para não ver, sentir, "pegar" ou pensar sobre o mesmo. Quanto mais nos afastamos, mais longe ficamos de conhecer e esclarecer dúvidas que houverem.
O preconceito vai muito além de racismo ou homofobia, mais em voga na atualidade. Qual o motivo? Em termos de preconceito nem precisa haver um motivo, apenas um pré julgamento. A homofobia, infelizmente, é um dos preconceitos mais comentados na atualidade, como na recente aprovação da "cura gay", ou seja, a justiça brasileira permitiu que a homossexualidade fosse tratada como doença, mesmo com a Organização Mundial de Saúde já ter comprovado não ser.
"Justiça gera polêmica: permite tratar homossexualidade como doença" (http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/09/justica-gera-polemica-permite-tratar-homossexualidade-como-doenca.html)
"Justiça gera polêmica: permite tratar homossexualidade como doença" (http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/09/justica-gera-polemica-permite-tratar-homossexualidade-como-doenca.html)
Situações do dia a dia revelam preconceito sobre moradores de comunidades, alcoolistas, dependentes químicos, obesos, deficientes físicos ou mentais, portadores de necessidades especiais, doenças congênitas ou adquiridas, idosos, mulheres, refugiados, estrangeiros, por credos diferentes, e pasmem, mães solteiras ou até adoção, entre outras. Ou seja, o desconhecimento e a não reflexão intimidam, e podem promover preconceito, fazendo sofrer quem passa por situações constrangedoras, agressivas ou de exclusão.
Às vezes o preconceito se manifesta onde menos esperamos, até mesmo entre educadores. E pode tomar dimensões que extrapolam o bom senso. Toda criança tem direito à educação, independente de sua situação ou condição.
Penso que a sociedade precisa urgentemente de educação sobre aceitar o diferente, refletir sobre o que perturba, muitas vezes descobrindo a causa de tanto medo, embora mascare com a arrogância, tornando-se intolerante e agressivo. A agressividade não é só física, mas no olhar de soberba ou desprezo, nas palavras duras e atitudes hostis ou mesmo indiferentes. Com tanta informação no mundo atual, poucos procuram saber mais sobre o que lhe incomoda no outro. Simplesmente julgar sem refletir, um caminho curto mas desastroso.
Em nossas escolas é fundamental que tratemos as questões que envolvem preconceito, formando cidadãos com mentalidade mais aberta e atitudes mais humanas. A tarefa é grande, mas a escola inclusiva já é um bom começo.
Referências:
globo.com. Jornal Nacional. 2017. Acesso em: