A Educação de Jovens e Adultos no Brasil tem função reparadora, equalizadora e qualificadora.
Historicamente, temos um país com déficit educacional, com crianças e adolescentes que deixaram de ir à escola por diversos motivos, como distância, más condições de vida, repetições constantes, mas principalmente para começar a trabalhar, ajudando, assim, a renda familiar, e muitas vezes, não sendo possível conciliar com o estudo. A escola democrática está a favor de todos, permitindo o direito fundamental da educação, partindo do princípio da igualdade e da liberdade. A Educação de Jovens e adultos tem a função de trazer estas pessoas para a escola, resgatando,oportunizando e possibilitando o uso de políticas sociais, para completa cidadania, e desta forma, cumprindo sua função reparadora.
Além dos jovens que abandonaram a escola, mesmo sem desejar fazê-lo, o EJA é a oportunidade de equalizar as oportunidades à migrantes, encarcerados ou qualquer pessoa que esteja à margem do sistema educacional. Deste modo, pode-se afirmar que o EJA tem função equalizadora.
A Educação de Jovens e Adultos, com sua função qualificadora, proporciona ao indivíduo retomar seu potencial, sua autoestima, desenvolver suas habilidades, ampliar competências já adquiridas e possibilitar avançar para outros níveis de estudo, aumentando seu crescimento pessoal e profissional.
A Educação de Jovens e Adultos é uma promessa, instrumento e meio que agrega valor, conhecimento e oportunidades à vida das pessoas, melhorando-a e qualificando-a em diversos aspectos, como cidadãos conscientes, atualizados e, assim,favorecendo que sejamos todos parte de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.
Os desafios hoje, no Brasil, em relação à Educação de Jovens e Adultos são, entre outros, a discriminação que, não raro, sofre a pessoa que se encontra não alfabetizada ou com o estudo incompleto, o que faz com que quem faz EJA seja estereotipada, como inferior ou incapaz. Vivemos em um mundo capitalista que enaltece a meritocracia na busca novas oportunidades de trabalho e crescimento profissional, social ou econômico.
Muitas vezes o EJA é visto como inclusão social, mas vai muito mais além deste pressuposto. È oportunidade e direito de todo cidadão, independente do que lhe ocorreu em sua trajetória de vida escolar. O indivíduo que procura o EJA muitas vezes já sofreu por marginalidade social.
Torna-se necessário que o EJA seja encarado como proposta educacional e não somente como projeto econômico e social.
Referências:
PARECER CNE/CEB 11/2000 - HOMOLOGADO
Despacho do Ministro em 7/6/2000, publicado no Diário Oficial da União de 9/6/2000, Seção 1e, p. 15.
VerResolução CNE/CEB 1/2000, publicada no Diário Oficial da União de 19/7/2000, Seção 1, p. 18.
PARECER CNE/CEB 11/2000 - HOMOLOGADO
Despacho do Ministro em 7/6/2000, publicado no Diário Oficial da União de 9/6/2000, Seção 1e, p. 15.
VerResolução CNE/CEB 1/2000, publicada no Diário Oficial da União de 19/7/2000, Seção 1, p. 18.
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