domingo, 1 de abril de 2018

Memória das Tecnologias na Escola


     Fui apresentada às tecnologias rudimentares da escola nos anos 1970, onde a folha mimeografada foi o protagonista nas memórias, pois vinha com o cheiro inesquecível do álcool usado na impressão.



     Naquele tempo, a Educação Infantil era limitada ao Jardim e Pré-escola, o famoso “prezinho“, lugar onde conhecemos pela primeira vez o lápis, a borracha, o apontador, o quadro negro, o giz e o apontador, as canetinhas, giz de cera e lápis de cor, a massa de modelar e a tinta têmpera. Dificilmente se desenhava, mas se coloria muito, em folhas mimeografadas, cartilhas ou carimbos aplicados no caderno. 
     Histórias eram ouvidas em toca discos e às vezes era levado um rádio gravador para a escola. O hino Nacional era cantado ao som de toca-discos. Nos anos iniciais assistíamos slides manual, pequenos, que eram colocados em um mini-projetor.  Recebiam-se cartilhas do governo, onde eram feitas as atividades. Também se podia se ouvir música em fones de ouvido.
Toca discos

    Fazia-se uso de papel carbono para reproduzir desenhos. Usava-se caderno de caligrafia, folhas quadriculadas e caderno de desenho. Quando havia algo importante, os registros eram feitos com máquina fotográfica manual, com filmes as serem revelados. Pesquisava-se em enciclopédias em visitas constantes à biblioteca.

Pesquisa em enciclopédias na biblioteca escolar
      Com o passar dos anos, as folhas mimeografadas foram substituídas pelas cópias xerocadas. Passamos a manipular tabelas periódicas, fichas de leitura, calculadoras. Podíamos, vez ou outra, assistir filmes em fitas VHS no vídeo-cassete. Fotos começaram a serem feitas em câmeras digitais.
     Ao retornar à universidade, muitos anos depois, em plena era da Internet, encontrei outro cenário: as folhas xerocadas podem ser lidas na tela do computador ou note book, em plataformas digitais.
     Em vez de copiar Xerox, baixamos no computador. Celulares são largamente utilizados, por serem versáteis e o levarmos junto aonde vamos, tirando fotos, acessando redes sociais e pesquisando on line. Assistimos aulas em Power Point em projetor. 
     O acesso à informação se tornou instantâneo na era do Wi fi, mas em muitas escolas públicas ainda não passa de um projeto. O aluno traz consigo dispositivos tecnológicos que manipula brilhantemente, mas nas escolas ainda se usa o velho caderno, caneta e quadro negro. Nem todas escolas possuem salas de multi-meios ou oferece oficinas de informática, ou mesmo tem Wi fi, para ser usado em aula. 
     O professor deve, na medida do possível, fazer uso de recursos digitais para manter o interesse do aluno e fazer com que utilize as facilidades de pesquisa e aprendizado que os tempos atuais proporcionam.





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