Em meu Estágio Curricular estou desenvolvendo o Projeto BRINCAR “SEM BRINQUEDO”, onde
experimentamos um brincar diferenciado, dentro
da concepção de uma infância simples, espontânea, estruturado na
corporeidade, no contato com a natureza e com objetos de material alternativo
como fonte de exploração e brincadeiras.
Brincadeira de túnel, com mesas e panos |
“Ao pensar as propostas para o
Berçário Dois, turma em que atuo, tenho que levar em consideração a
fase de descobertas e possibilidades, mas limitadas. Muitos conteúdos são
permeados na rotina, visto a importância e influencia que exerce sobre a
criança, que necessita de organização no seu dia a dia. Mas as
atividades podem, também, ser planejadas, com objetivos específicos, dando
suporte para aprendizados maiores que irão ocorrer gradativamente no
desenvolvimento.”
Piaget |
“Neste subestádio ocorre a
transição entre a inteligência sensório-motora e a inteligência representativa,
que começa em torno dos dois anos, com o aparecimento da função simbólica. A novidade,
em relação ao sub-período anterior é que as invenções já não se efetuam de modo prático, mas
passam ao nível mental. A criança começa a ser capaz de representar o mundo exterior
mentalmente em imagens, memórias e símbolos, que é capaz de combinar sem o auxílio de
outras ações físicas. Na atividade lúdica ela é capaz de “fingir”,“fazer de conta”, fazer “como
se”: é o “símbolo motivado”. Invenção e representação seguem juntas, anunciando a passagem a
um nível superior.” (Cavicchia)
Explorando objetos do cotidiano |
“As crianças pequenas
precisam de objetos palpáveis, para sentir a espessura, o peso, a textura,
temperatura, entre outros aspectos. Blocos geométricos de madeira podem ser
oferecidos e ela vai construindo uma casa, um muro, uma igreja ou o que sua
imaginação mandar. Peças de encaixe também serão usadas para erguer torres
ou construir escadas. Caixas de
leite forradas se tornam pesados tijolos e uma tampa de balde plástico se torna
o volante de um automóvel."
(http://claudiasimoneblogpead.blogspot.com/2016/12/espaco-eformas.)
O Estágio segue dentro de uma proposta de brincar explorando o meio, o corpo, o mundo em volta:
“O contato com materiais
variados, considerados sucata, estimula a imaginação, a criatividade e
promove a percepção de formas, mesmo que indiretamente, pelo manuseio e
faz de conta. A criança percebe o espaço a
partir do seu próprio corpo, pois ele será parâmetro para saber se algo
está longe ou perto, se algo está atrás ou na sua frente.”
Referências:
- Cavicchia, Durlei de
Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida. Departamento de Psicologia da
Educação da UNESP. Acesso em:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf
- Piaget. J. A Epistemologia
Genética. Trad. Nathanael C. Caixeira. Petrópolis: Vozes, 1971. 110p
-Tortora, Evandro. ESPAÇO E
FORMA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELATO DE
UMA EXPERIÊNCIA COM PROFESSORES
ATUANTES EM FORMAÇÃO.
Encontro Nacional de Educação
matemática. 2013a