domingo, 11 de novembro de 2018

Gaiolas X Asas

     Chegando à metade do estagio, já posso perceber o que o Projeto Brincar sem brinquedo significa na rotina e na vida das crianças.  Já estabelecemos um novo jeito de brincar, onde os brinquedos industrializados perderam espaço e os materiais alternativos são motivo de interações, brincadeiras e aprendizados. Estamos criando um hábito saudável de explorar o simples. Simples no sentido de oferecer subsídios da criança criar sua brincadeira, explorar o meio e os materiais, fazer descobertas, mais criativamente do que oferecendo um brinquedo pronto.

   
    Gosto muito da frase de Rubem Alves: “Há escolas que são gaiolas e escolas que são asas”. 
    Transponho este pensamento para o professor, pois temos que possibilitar que nossas crianças voem, descubram suas capacidades, desenvolvam habilidades e conheçam o mundo Temos que oportunizar um brincar livre para que a criança seja a protagonista de seu aprendizado, dando liberdade para explorar, descobrir, construir e aprender.


Surge o questionamento: somos aqueles (professores) que armam o alçapão para pegar os "pássaros" afim de colocar em gaiolas      para aprenderem somente o que queremos que aprendam e se "comportem" adequadamente, sem sair das grades imaginárias que traçamos? Ou propiciamos que abram as asas, gradativamente, e lancem voo, para conhecerem o céu do conhecimento,       com  a liberdade de pensarem por suas próprias mentes, interagindo e questionando o mundo em volta?”

    O Projeto Brincar sem brinquedo  vem ao encontro do que Rubem Alves sugere: permitir que a criança descubra o mundo, por sua própria investigação, e o professor apenas instrumentaliza esse fazer.





 Referencias:

ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas. In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002.

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