domingo, 13 de maio de 2018

Aquisição da linguagem segundo Piaget e Vigotsky

Piaget

     Presencio o início da linguagem oral nas crianças que, gradativamente, passam do balbucio e algumas sílabas pronunciadas a pequenas palavras que repetem ao ouvi-las e outras que revelam seus desejos e desagrados, como uma forma de expressarem o que querem ou pensam.
     Percebo que prestam muita atenção ao que falo e imediatamente tentam repetir, alguns logo conseguindo , outros ainda em desenvolvimento deste processo.

Vigotsky
     Procuro realizar atividades que estimulam este desenvolvimento, fazendo uso de pequenas canções na rotina ou em momentos específicos, e orações na hora das refeições. Estas canções possuem ênfases em rimas, vogais ou apenas a última sílaba, fazendo conexões entre o que ouvem e falam, e a própria repetição.
     Podemos realizar nossa pratica pedagógica analisando as concepções de Jean Piaget e Lev Vigotsy quanto à aquisição da linguagem.

                 PIAGET                                               VIGOTSKY

-A maturidade biológica e cognitiva da criança vai surgindo depois de um processo de ouvir, assimilar o que ouviu, reproduzir com os lábios, fazer balbucios e por fim falar.


-A criança pequena se desenvolve através da interação com o meio, com o convívio com outras crianças e adultos. O contato com mais crianças facilita a interação e troca de “conversas” entre eles.

- O adulto, no caso as monitoras e a professora, assumem o papel de mediadoras neste processo, estimulando e criando situações que favorecem um avanço no desenvolvimento. Esta mediação orientada do adulto chama-se Zona de Desenvolvimento Proximal.


     Penso que, ao realizar minha prática pedagógica, tenho que observar em que estágio as crianças estão, qual seu nível de desenvolvimento biológico e cognitivo se encontram, com umas mais ou menos avançadas. Do mesmo modo, além de observar, tenho que propor atividades, tanto espontâneas ou orientadas, de forma lúdica (como requer a idade) e me colocar na posição de mediadora, estimulando e facilitando o próprio desenvolvimento, bem como criando condições para um progresso maior, com minha intervenção e interagindo com os demais.

Referências:

MONTOYA, Adrián Oscar Dongo. PENSAMENTO E LINGUAGEM: PERCURSO PIAGETIANO DE INVESTIGAÇÃO. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 119-127, jan./abr. 2006.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

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