A construção do
conhecimento é a base do meu fazer pedagógico, como forma de aprender, conhecer e interagir com o mundo.
Trabalho em uma EMEI que atende
crianças de quatro meses a três anos de idade, e atualmente atuo com a turma do
Berçário 2a, ou seja, são crianças muito pequenas, de 12 a 18 meses.
As crianças nesta fase estão
começando a caminhar, a comer sozinhas e a falar. Pedagogicamente, procuro
estimular o desenvolvimento de forma lúdica, com intervenções ou permeando a
rotina, que torna a relação aluno-professor bastante próxima.
De forma alguma as crianças são
“tábuas rasas”, a serem “preenchidas” com conhecimentos, como pressupõe a
teoria empírica, e também suas capacidades não
estão condicionadas a fatores externos ou hereditários, para serem
“moldadas” pelo meio em que vivem, como considera o Apriorismo, como teoria
epistemológica.
As crianças são inteligentes por
natureza, com conhecimentos que trazem consigo desde o nascimento, com cada
situação nova apresentada, com suas famílias, com sua ida à creche ainda bebês,
cada processo de avanço no desenvolvimento biológico, motor e cognitivo. Ao
chegarem ao Berçário 2, já possuem muitos conhecimentos, mesmo que sutis e
inconscientes, mas que que são bases para novos e mais desafiadores, seja no
desenvolvimento da oralidade, na motricidade, nos reflexos, nos movimentos
corporais, nas capacidades físicas desenvolvidas.
As crianças já se socializaram,
compartilham brinquedos, entendem o que a professora diz, mostram interesse por
coisas novas que instigam seu desenvolvimento, como brincadeiras, canções
gesticuladas, andar com motocas, subir no escorregador mais alto, a própria
autonomia que surge com a destreza adquirida ao segurar os talheres, por
exemplo.
À medida que constroem conhecimentos,
desenvolvem suas capacidades e adquirem mais autonomia, parto para intervenções
mais desafiadoras, cada vez mais ousadas. Faço conversações que induzam a
falar, quando ainda apenas articulam sílabas, avançando para palavrinhas,
nomeações ou a identificação dos colegas e de objetos, com noções de
lateralidade. As canções passam a serem coordenadas com gestos e palmas, e
depois com imitações. As brincadeiras corporais, onde segurar a mão do colega
era um desafio passam a ser de roda, com um grupinho maior. Aprendem a esperar
a vez, a ter uma ideia de sequencia temporal, passam a almejar alçadas maiores,
que exige planejar, atenta ao estágio em que se encontram.
Através da concepção do Construtivismo,
organizo as atividades que irão assegurar a construção do conhecimento dos
pequenos, enfatizando vários aspectos na gama de possibilidades que podem ser
apresentadas, de forma interdisciplinar, dinâmica e lúdica, como pede a ação
pedagógica para esta faixa etária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário