quinta-feira, 18 de junho de 2015

A construção do conhecimento no Berçário

                     
     A construção do conhecimento é a base do meu fazer pedagógico, como forma de aprender, conhecer e interagir com o mundo.
      Trabalho em uma EMEI que atende crianças de quatro meses a três anos de idade, e atualmente atuo com a turma do Berçário 2a, ou seja, são crianças muito pequenas, de 12 a 18 meses.
    As crianças nesta fase estão começando a caminhar, a comer sozinhas e a falar. Pedagogicamente, procuro estimular o desenvolvimento de forma lúdica, com intervenções ou permeando a rotina, que torna a relação aluno-professor bastante próxima.
     De forma alguma as crianças são “tábuas rasas”, a serem “preenchidas” com conhecimentos, como pressupõe a teoria empírica, e também suas capacidades não  estão condicionadas a fatores externos ou hereditários, para serem “moldadas” pelo meio em que vivem, como considera o Apriorismo, como teoria epistemológica.
    As crianças são inteligentes por natureza, com conhecimentos que trazem consigo desde o nascimento, com cada situação nova apresentada, com suas famílias, com sua ida à creche ainda bebês, cada processo de avanço no desenvolvimento biológico, motor e cognitivo. Ao chegarem ao Berçário 2, já possuem muitos conhecimentos, mesmo que sutis e inconscientes, mas que que são bases para novos e mais desafiadores, seja no desenvolvimento da oralidade, na motricidade, nos reflexos, nos movimentos corporais, nas capacidades físicas desenvolvidas.
     As crianças já se socializaram, compartilham brinquedos, entendem o que a professora diz, mostram interesse por coisas novas que instigam seu desenvolvimento, como brincadeiras, canções gesticuladas, andar com motocas, subir no escorregador mais alto, a própria autonomia que surge com a destreza adquirida ao segurar os talheres, por exemplo.
    À medida que constroem conhecimentos, desenvolvem suas capacidades e adquirem mais autonomia, parto para intervenções mais desafiadoras, cada vez mais ousadas. Faço conversações que induzam a falar, quando ainda apenas articulam sílabas, avançando para palavrinhas, nomeações ou a identificação dos colegas e de objetos, com noções de lateralidade. As canções passam a serem coordenadas com gestos e palmas, e depois com imitações. As brincadeiras corporais, onde segurar a mão do colega era um desafio passam a ser de roda, com um grupinho maior. Aprendem a esperar a vez, a ter uma ideia de sequencia temporal, passam a almejar alçadas maiores, que exige planejar, atenta ao estágio em que se encontram.
 
  
     Através da concepção do Construtivismo, organizo as atividades que irão assegurar a construção do conhecimento dos pequenos, enfatizando vários aspectos na gama de possibilidades que podem ser apresentadas, de forma interdisciplinar, dinâmica e lúdica, como pede a ação pedagógica para esta faixa etária.











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